terça-feira, 12 de maio de 2009

Ortografia
A competência para grafar corretamente as palavras está diretamente ligada ao contato íntimo com essas mesmas palavras. Isso significa que a freqüência do uso é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Além disso, deve-se criar o hábito de esclarecer as dúvidas com as necessárias consultas ao dicionário. Trata-se de um processo constante, que produz resultados a longo prazo." (Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante, Gramática da Língua Portuguesa)

Orientações Gerais
1) Devemos empregar "ss" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir".
Exemplos:
AGREDIR / AGRESSÃO PROGREDIR / PROGRESSÃO REGREDIR / REGRESSÃO TRANSGREDIR / TRANSGRESSÃO
ADMITIR / ADMISSÃO DEMITIR / DEMISSÃO OMITIR / OMISSÃO PERMITIR / PERMISSÃO TRANSMITIR / TRANSMISSÃO
ACEDER / ACESSO CEDER / CESSÃO CONCEDER / CONCESSÃO EXCEDER / EXCESSO, EXCESSIVO SUCEDER / SUCESSÃO
DISCUTIR / DISCUSSÃO PERCUTIR / PERCUSSÃO REPERCUTIR / REPERCUSSÃO
2) Devemos empregar "s" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "ender", "verter" e "pelir".
Exemplos:
APREENDER / APREENSÃO ASCENDER / ASCENSÃO COMPREENDER / COMPREENSÃO DISTENDER / DISTENSÃO ESTENDER / EXTENSÃO PRETENDER / PRETENSÃO SUSPENDER / SUSPENSÃO TENDER / TENSÃO
VERTER / VERSÃO REVERTER / REVERSÃO CONVERTER / CONVERSÃO SUBVERTER / SUBVERSÃO
EXPELIR / EXPULSÃO REPELIR / REPULSÃO .
3) Devemos empregar "ç" em todos os substantivos derivados dos verbos "TER" e "TORCER", mais seus derivados.
Exemplos:
ABSTER / ABSTENÇÃO ATER / ATENÇÃO DETER / DETENÇÃO MANTER / MANUTENÇÃO RETER / RETENÇÃO TORCER / TORÇÃO DISTORCER / DISTORÇÃO CONTORCER / CONTORÇÃO
EMPREGO DO S OU DO Z
1. Os sufixos "ês" e "esa" são empregados na formação de nomes que designam profissão, títulos honoríficos de posição social, assim como em palavras que indicam origem, nacionalidade.
Exemplos: burguês, camponês, marquês, português, japonês, francês, burguesa, camponesa, marquesa, princesa, portuguesa, japonesa, francesa etc.
2. São grafadas com o sufixo "isa" as palavras que indicam ocupações femininas: poetisa, profetisa, papisa, sacerdotisa, pitonisa.
3. Os sufixos "ez" e "eza" são empregados para formar nomes abstratos que derivam de adjetivos.
Exemplos:
ADJETIVOS / DERIVADOS
agudo agudez /escasso escassez / estúpido estupidez /límpido limpidez /gago gaguez /honra honradez / inválido invalidez /intrépido intrepidez /macio maciez /rígido rigidez /sensato sensatez /sisudo sisudez /surdo surdez
avaro avareza /belo beleza /certo certeza /duro dureza /esperto esperteza /justo justeza nobre nobreza /pobre pobreza /rico riqueza /rijo rijeza /singelo singeleza.
4. Com "z",
normalmente, são grafadas palavras derivadas de outras em que já existe o "z", e verbos terminados pelo sufixo "izar", em cujos radicais das palavras que lhes deram origem possuam ou não a letra z.
Exemplos: balizado (baliza), arrazoado, razoável (razão), canalizar, finalizar, industrializar, organizar, utilizar, arborizar, dinamizar, regularizar, cicatrizar (cicatriz), envernizar (verniz), enraizar (raiz), deslizar (deslize) etc.
Observação: Os verbos terminados em "isar", com "s", têm apenas como sufixo as letras "ar", pois as letras "is", neste caso, fazem parte do radical da palavra que deu origem ao verbo
Exemplos:
análise analisar /aviso avisar /improviso improvisar /pesquisa pesquisar
EXCEÇÃO: Apesar de originar-se da palavra "catequese", que possui um "s" em seu radical, o verbo catequizar deve ser grafado com "z", pois a sílaba átona final de catequese foi suprimida para se inserir o sufixo "izar" na formação do verbo.
5. Grafam-se com "z"
as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é um infixo.
Exemplos: pazada, cafezal, canzarrão, açaizeiro, papelzinho, cãozito, mãezona, mãozorra, pezudo etc.
Observação: Em palavras como "asinha, risinho, risada, casinha, caseiro, casebre", o "s" pertence ao radical dos vocábulos de origem (asa, riso, casa).
6. Também grafa-se com "s":
_ Após os ditongos;
Exemplos: lousa, coisa, causa, Neusa, ausência, Eusébio, náusea.
_ Nas formas dos verbos "pôr" (e derivados) e "querer";
Exemplos: pus, pusera, pusesse, puséssemos; repus, repusera, repusesse, repuséssemos; quis, quisera, quisesse, quiséssemos.

EMPREGO DO C E DO QU
Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com "qu".
Exemplos: catorze quatorze /cociente quociente cota quota /cotidiano quotidiano cotizar quotizar
Observação: As palavras a seguir, porém, possuem uma só grafia: "cinquenta, cinquentenário, cinquentão, cinquentona."
EMPREGO DO X E DO CH


Deve-se empregar o "x" após os ditongos (encontros vocálicos = vogal + semivogal em uma mesma sílaba).
Exemplos: ameixa, feixe, caixa, trouxa, frouxo, gueixa, peixe, peixada, queixo, queixada, eixo, baixo, encaixar, paixão, rebaixar etc.
EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de árvore que produz o látex).
Emprega-se também o x:
_ Após as sílabas "en" e "me";
Exemplos: enxada, enxurrada, enxame, enxaqueca, enxerido, enxovalho, enxugar, mexer, mexilhão, mexerico, mexerica, mexicano etc.
Observação: Palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafadas com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, encher e seus derivados = prefixo en + radical de cheio; encharcar = en + radical de charco; enchiqueirar = en + radical de chiqueiro; enchapelar = en + radical de chapéu; enchu- maçar = en + radical de chumaço).
EXCEÇÃO: Em relação à regra da sílaba "me", uma exceção é O SUBSTANTIVO "mecha"; não confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer que deve ser grafada com x.
Nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas
Exemplos: xavante, xingar, xique-xique, xará, xerife, xampu.
Outras palavras com X:
bexiga, bruxa, caxumba, laxativo, laxante, maxixe, paxá, muxoxo, quixotesco, rixa, xarope, xícara, xucro, xereta, capixaba, faxina, lixo, graxa, praxe, puxar, relaxar, roxo, xaxim, xenofobia
Outras palavras com CH:
charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estrebuchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, salsicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachimbo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochila, piche, pichar, tchau.
Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch.
Exemplo:
- brocha (pequeno prego) - broxa (pincel para caiação de paredes)
- chá (planta para preparo de bebida) - xá (título do antigo soberano do Irã)
- chalé (casa campestre de estilo suíço) - xale (cobertura para os ombros)
- chácara (propriedade rural) - xácara (narrativa popular em versos)
- cheque (ordem de pagamento) - xeque (jogada do xadrez)
- cocho (vasilha para alimentar animais) - coxo (capenga, imperfeito)
- tacha (mancha, defeito; pequeno prego); daí "tachar": colocar defeito ou nódoa em alguém ou em algo. - taxa (imposto, tributo); daí "taxar": cobrar impostos.
Escreve-se com G e não com J
Palavras terminadas em –agem, -igem, -ugem, -ágio, -égio, -ígio, -ógio e –úgio. Ex. garagem, vertigem, viagem, ferrugem, prodígio, refúgio
Exceção: pajem, lambujem.
Derivadas de palavras escritas com G.
Ex. rabugento (rabugem), selvageria (selvagem)
Escreve-se com J e não G
Algumas palavras de origem africana ou indígena. Ex. jiló, Ubajara, acarajé.
Derivadas de palavras escritas com j ou verbos terminados em –jar ou –jear. Ex. viajar, nojento (nojo), cerejeira (cereja)
Acordo Ortografico.
Veja o que mudou!

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa para 2009
Alfabeto
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O alfabeto é agora formado por 26 letras
O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas letras do nosso alfabeto.
Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano,
Trema
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano
agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça
Nova regra
aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça
.
Acentuação
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas
assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico
Regra nova
assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico
obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.
obs2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.
Os Hiatos com a vogal dobrada
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O hiato 'oo' não é mais acentuado
enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo
O hiato 'ee' não é mais acentuado
crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem
creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem .
Como fica o acento diferencial?
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Não existe mais o acento diferencial em palavras
pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra
Homógrafas
(
substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)
(substantivo), polo (substantivo)
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por' ara (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera
Grupo do gue, gui, que, qui
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui, qui)
argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe
argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique
Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo
baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme
baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume.


Hífen
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 's', sendo que essas devem ser dobradas
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível
antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível
obs: em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente.

Nova regra do hífen
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou
auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada,
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo,
falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal
auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado
contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.
Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

Nova regra do hífen
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico
anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
obs2: uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', NÃO utliza-se hífen.
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição
manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento
mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, pára-choque, paravento
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

Observações Gerais
O uso do hífen permanece
Exemplos
Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice', 'soto'
ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em vogal, M ou N
pan-americano, circum-navegação
Em palavras formadas com prefixos 'pré', 'pró' e 'pós' + palavras que tem significado próprio
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém', 'sem'
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto
Não existe mais hífen
Exemplos
Exceções
Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais)

Postado em 12/05/2009.

Na minha opinião o trema não deveria cair fora, pois dava um charme melhor na língua e na pronúncia, se bem que poucos usavam, pela ignorância é claro. No caso do hífen confudiu ainda mais, já que o uso dese camarada é complicado em qualquer situação, bem como a vírgula, a crase e mais...

Eldes










segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Formações docentes.

Alunos escrevem acho com X
E professores também erram, tem até trouxe com SS.


Esta reportagem é do Fantástico do dia 07/12/2008.
"O ano letivo está terminando. E enquanto se discute o critério de aprovação automática, um estudo revela um festival de absurdos nas escolas. Alunos escrevem acho com x e professores, trouxe com dois esses. Alguma coisa está errada, não é não. A professora lê a redação de um aluno da sexta série. O desafio é decifrar o que está escrito: "izo" significa isso, "infonática" para informática, e "azente" para a gente. A professora diz que o caso não é uma exceção entre seus alunos numa escola municipal do Espírito Santo. “80% deles não têm a capacidade da leitura e da escrita e competências matemáticas para estar entre 5º e 8º série, fala a professora”, fala Wandréya Fernandes. Ainda que as palavras estivessem escritas corretamente, alguns textos não fazem o menor sentido. Um professor de história lê outra redação: “Qualidade de ensino para mim é a qualidade para ensinar nós alunos as qualidades de aprender isso só foi ‘nóis’ falar”. “Não tem como, não tem coesão, eles não sabem estruturar um texto mínimo possível. É o analfabeto funcional”, diz o professor Marcos Von Rondon. “O aluno que não sabe ler e escrever, ele não vai saber interpretar um problema de matemática”, cometa Wandréia. Uma professora de uma escola municipal do Rio de Janeiro apresentou uma pergunta de geometria. “Dou desenho, dividido em oito partes, e pergunto: cada uma destas partes representa que fração do retângulo? Ele simplesmente responde que sim. Ele não tem a compreensão do que está sendo pedido, é uma deficiência de leitura, de interpretação, que é geral,” explica Telma Alves. Em São Paulo, os alunos que passaram pelo ensino fundamental chegaram ao ensino médio escrevendo coisas assim: certo com s; alguns com u. Joelma Damasceno, professora de português, conta a história de um aluno. “Eu tive aluno do terceiro ano do ensino médio que se formou e depois de um ano ele voltou e me pediu para eu dar reforço. Ele falou professora eu fui fazer uma ficha numa empresa e eu fiquei meia hora olhando para a ficha. Eu só coloquei meu nome e endereço o resto eu não sabia preencher”. Numa sala da Universidade Federal do Espírito Santo. Quem estuda aqui já passou pelo ensino fundamental, ensino médio e foi aprovado no vestibular. Mas, analisando alguns textos fica a dúvida. Será que eles aprenderam a lição? Um dos alunos, por exemplo, escreveu chances com cedilha. Achar com ‘x’, consigo escrito separado. Textos de universitários. “Eu me sinto absolutamente envergonhada e me questiono, faz sentido uma escola funcionar, existir se é para prestar um desserviço e não um serviço de ensino”, questiona Sandra Medeiros. Um problema que não encontra limites geográficos. Na pacata cidade de Vera Cruz na Bahia, o professor de ciências João Santana enfrenta as mesmas dificuldades: “É forçar a barra um aluno desprovido desses conhecimentos básicos seja passado se série e alguém dizendo para a gente dar um jeitinho que aquele aluno não tem culpa, do ensino ser ruim e a gente joga para frente o aluno que não tem capacidade nenhuma de estar na série que está”. “O professor está acostumado a usar a reprovação como punição, então a culpa é sempre do aluno, agora eu quero repartir a culpa, a culpa não é só do aluno, a culpa é do professor e é da direção da escola”, explica Eunice Durham, antropóloga. Uma mãe tomou um susto quando recebeu um bilhete em que a professora escreveu trouxe, com dois "s". Me preocupa e eu acho inadmissível quando é uma professora que está alfabetizando que escreve desta forma. “ Me preocupa e eu acho inadmissível quando é uma professora que está alfabetizando e escreve dessa forma”, diz a mãe. Uma realidade mais freqüente do que se imagina. “Na minha escola, um dia destes estava escrito, nós vamos falar hoje sobre o meio ambiente, ambiente com ‘h’. A professora deixou no quadro com ‘h’”, conta Soraia Sathler, pedagoga. “É muito difícil você fazer uma revolução na educação sem você ter professores muito bem formados e nós não temos”, afirma Eunice Durham. “Eu me sinto chocada. Todo final de ano nós temos as mesmas notícias, os alunos estão fracassando na escola eles não sabem ler e escrever”, diz Cláudia Gontijo – educadora."

Esta reportagem é muito bacana, fala de problemas reais, das mazelas educacionais brasileiras.
Por outro lado a reportagem não fala das falhas enormes no sistema. Há pouco mais de 3 anos, fiz um curso de pedagogia e na disciplina História da Educação é simplesmente lastimável. O Brasil não tem tradição neste quisito. A nossa elite nunca se preocupou com a educação dos pobres, incluindo a Rede Globo de Televisão, a qual tanto mete o pau nos educadores. Hoje, os professores de onde surgem? Quem se interessa por esta Profissão? Formação é péssima mesmo sendo presencial, à distancia então é o auge da catástrofe, para completar temos uma licenciatura plena de 3 anos com aprovação do Mec. "Existinto" Além de tudo isso, e tem muito mais, falaremos do número de alunos por sala, 35 - 45, nem Cristo consegue ensinar a todos. Com aulas difenrenciada. De duas a três escolas para completar jornadas e salários. Este último chega a ser deprimente. Esta humilde opinião tem por objetivo mostrar porquê os alunos e professores do nosso país têm tão pouco conhecimento, incluindo quem escreve.

Eldes Béssa de Queirós.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Filme " O Primo Basílio"

Este filme trabalhado em sala de aula, tem por objetivo mostrar algumas características do Realismo/Naturalismo. Escola literária que mostra uma visão especial do ser humano, na sua plenitude.

Características.
Objetividade
é a crítica do Homem,(...)para condenar o que houver de mau na nossa sociedade.(...)É não simplesmente o expor (o real) minudente, trivial, fotográfico,(...)mas sim partir dele para a análise do Homem e sociedade. " Caso do adultério "
Materialismo – A literatura passa a exibir uma visão materialista da vida, do homem e da sociedade, negando a relação com Deus. " Caso da empregada que faz chantagem, objetivando lucros"
Determinismo – O Naturalismo constrói personagens cuja conduta obedece a três variáveis: a hereditariedade (que explica as tendências, os caracteres e as patologias), o meio (capaz de determinar o comportamento) e o momento histórico (responsável pelas ideologias). "O comportamento de Luísa é influenciado por sua amiga"
Problemas Patológicos– A literatura passa a retratar temas que chocam a sociedade: homossexualismo, lesbianismo, incesto, taras sexuais, loucura, adultério, racismo, prostituição. " O filme mostra as doenças sociais, O Paraíso é um prostíbulo, o adultério de Luísa, a ganancia da empregada".
A nudez dos personagens é retratada com grande detalhe, natural, instintivo, meio animalesca, caracterísca pertencente ao Realismo.

Bom Filme!
Alguns sites afins:http://www.interfilmes.com/filme_16659_Primo.Basilio-(Primo.Basilio).html
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Primo_Bas%C3%ADlio
http://cinema2007.wordpress.com/2007/11/09/primo-basilio/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tempos do Modo Indicativo

Modos e tempos verbais são dois tipos de flexão (variação, mudança) que os verbos apresentam, a fim de dar uma maior clareza quanto ao momento e formas da ação, estado ou fenômeno natural.
Na língua portuguesa, o Verbo pode sofrer as flexões de:
modo e tempo;
número - singular e plural; e
pessoa - primeira (eu; nós), segunda (tu, vós) e terceira (ele(a), eles(as) e você(s))
Índice[esconder]
1 Modos verbais
1.1 Modo Indicativo
1.1.1 Presente do Indicativo
1.1.2 Pretérito Imperfeito
1.1.3 Pretérito Perfeito
1.1.4 Pretérito Mais-Que-Perfeito
1.1.5 Futuro do presente composto
1.1.6 Futuro do Presente
1.1.7 Futuro do Pretérito / Condicional
1.2 Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo)
1.2.1 Presente
1.2.2 Pretérito Imperfeito
1.2.3 Futuro
1.2.4 Futuro Composto
1.2.5 Pretérito Perfeito
1.2.6 Pretérito Mais-que-Perfeito
1.3 Imperativo
1.4 Gerúndio
2. forma Nominais.

As flexões de Modo determinam as diversas atitudes da pessoa que fala com relação ao fato enunciado. Assim:
uma atitude que expressa certeza com relação ao fato que aconteceu, que acontece ou que acontecerá, é característica do Modo Indicativo. Exemplos:
Ele dormiu ontem.
Ela trabalha em casa.
Nós viajaremos amanhã

Modo Subjuntivo.
Uma atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese é característica do Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo). Exemplos:

Quando eu sair te avisarei. (futuro)
Se eu saisse tu saberias. (pretérito imperfeito)
Que eu trabalhe é necessário.(presente)

Modo Indicativo
uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo é característica do Modo Imperativo. Exemplo:
Ex. Faça isto, agora!

Tempos do Indicativo
Presente. Amar-vender-partir
Amo, amas, ama, amamos, amais, amam. Vendo vendes, vende, vendemos, vendeis, vendem. Parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
Pretérito Perfeito.
Amei, amaste, amou, amamos, amastes, amaram. Vendi, vendeste, vendeu, vendemos, vendestes, venderam. Parti, partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.
Pretérito imperfeito.
Amava, amavas, amava, amávamos,amáveis, amavam. Vendia, vendias, vendia, vendíamos, vendéis, vendiam. Partia, partias, partia, partíamos, partíeis, partiam.
Pretérito mais-que-perfeito.
Amara, amaras, amara, amáramos, amáreis,amaram. Vendera, venderas, vendera, vendêramos, vendêreis, venderam.
Futuro do presente.
Amarei, amarás, amará, amaremos, amarais, amarão. Venderei, venderás, venderá, venderemos, vendereis, venderão. Partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão.
Futuro do Pretérito.
Amaria, amarias, amaria, amaríamos, amaríeis, amariam. Venderia, venderias, venderia, venderíamos, venderíeis, venderiam. Partiria, partirias, partira, partiríamos, partiríeis, patiriam.

Canoa Quebrada.

Recentemente estive em Canoa Quebra, praia de Aracati, no meu querido Ceará. Confesso
que fiquei muito surpreso com a quantidade de gringos que tomaram conta da praia. um lugar que se destina ao lazer descontraído ao meio da natureza exuberante, tornou-se um lagar caríssimo, cheio de pousadas nada ecológicas, Administradas por franceses, argentinos, italianos entre outros. A desculpa de trazer fonte de renda para o povo local é discutível, uma vez que, 95% do faturamento não fica na vila. Outro fator que contribui para a degradação do lindo lugar é a instalação da energia eólica. Torres imensas levantam-se sobre as maravilhosas dunas, medindo 80m de altura, impedindo o passeio dos turistas e da localidade, com o objetivo de minimizar a dependência da energia eléctrica e barateá-la, nada disso ocorre. A energia que vem das torres são passada à companhia de energia eléctrica e cobrada ao mesmo valor. Além desses fatos que por si só são suficientes para urbanizar o local, estendem-se por toda orla marítima loteamentos "legalizados", não sei a que custo, e os clandestinos que acabam com toda beleza natural do lugar o qual já foi cenários de novelas e filmes. Uma pena. Confira!
http://www.canoaquebradaonline.com.br/tripdaareia1/




segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Gramática.

Estudo de Análise Sintáctica


Predicação verbal.


Chamamos predicação verbal o modo pelo qual o verbo forma o predicado. Há verbos que, por natureza, têm sentido completo, podendo, por si mesmo, construir o predicado: são os verbos de predicação completa.


Ex: Os alunos brigaram.

As alunas sorriram.


Os verbos de predicação completa denominam-se Intransitivos.

Os verbos de predição incompleta chamam-se de transitivos.


Os transitivos são: directos e indirectos ou directo e indirectos conculmitante.


Os verbos transitivos diretos pedem complemento chamados de objetos diretos.

Os verbos transitivos indiretos pedem complemento chamados de objetos indiretos.


Objeto direto-Completa um verbo transitivo direto sem se ligar a ele por preposição necessária. Representa-se por: substantivo, pronome substantivo, numeral, palavra ou expressão substantivada ou oração subordinada substantiva objetiva direta.


Ex: Castigou o filho / Construiu uma bela casa / Contestou sua reeleição.


Objeto indireto-Complemento ligado a um verbo transitivo indireto, ligado a ele por meio de uma preposição necessária (a, mais raramente para), regida pelo verbo.

Ex: Ele divergiu do rapaz / A moça apresentou-o a elas / A mãe gostava de ambos.


Objeto direto e indireto
Observação
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado

(O cartaz chamava a atenção
Observação
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado
(O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam)

a atenção- objeto direto ( sem preposição )
de todos que por ali passavam- objeto indireto ( com auxílio de preposição)
Bom estudo!






sexta-feira, 31 de outubro de 2008

html

HTML significa HIPER TEXT MARKUP LANGUAGE - Linguagem de Marcação por Hipertextos utilizada na WWW ou World Wide Web. Mais especialmente o HTML determina como os BROWSERS (Internet Explorer, Netscape, Mosaic, etc...) deverão exibir as páginas Web .